terça-feira, 31 de maio de 2011

Reciclagem do Lixo

O termo reciclar significa transformar objetos materiais usados (ou lixo material) em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelas pessoas comuns e governantes, a partir do momento em que observou-se os benefícios que a reciclagem apresenta para o nosso planeta.

No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera renda, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem ajuda a diminuir significativamente a poluição da água, do ar e do solo. Muitas empresas estão reciclando materiais como uma maneira de diminuir os custos de produção de seus produtos.

Outro importante benefício gerado pela reciclagem é a quantidade de novos empregos que ela tem gerado nos grandes centros urbanos. Muitas pessoas sem emprego formal (com carteira registrada) estão buscando trabalho neste ramo e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio, por exemplo, já são comuns nas grandes cidades do Brasil.

Diversos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um índice de reaproveitamento de aproximadamente 100%. Derretido, ele volta para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Várias campanhas de educação ambiental têm despertado a atenção para o problema do lixo nos grandes centros urbanos. Cada vez mais, os centros urbanos, com altos índices de crescimento da população, tem encontrado dificuldades em obter locais para instalarem depósitos de lixo (aterros). Logo, a reciclagem mostra-se como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos educadores a separarem o lixo em suas casas. Outro fato interessante é que já é muito comum nos grandes condomínios residenciais a reciclagem do lixo.

Em regiões de zona rural a reciclagem também está acontecendo. O lixo orgânico (sobras de vegetais, frutas, grãos e legumes) é utilizado na produção de adubo orgânico para ser usado na agricultura.


Matéria extraída do site: www.todabiologia.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

Lixo Hospitalar

O lixo séptico ou hospitalar deve ir para valas sépticas ou ser incinerado (a incineração é diferente da queima, pois é feita em máquinas especiais e não simplesmente pelo fogo). Entretanto, em muitas cidades, o lixo hospitalar é depositado em aterros sanitários ou mesmo lixões. Isto quando a coleta é irregular ou inexistente. Além disso, muitos resíduos infectantes vão para aterros sanitários através da coleta domiciliar, já que muitas pessoas são tratadas de enfermidades nas suas próprias residências.

Cabe a você mudar isso, caso você ou mesmo alguém conhecido o faça. O ideal é encaminhar o lixo séptico a farmácias e clínicas do setor.

O lixo tóxico deve ir para aterros especiais ou centros de triagem específicos para que os resíduos possam ser reciclados ou reutilizados. Em Curitiba a coleta do lixo tóxico segue um sistema especial de coleta.

Em algumas cidades, o lixo orgânico é encaminhado para usinas de compostagem. Estas usinas consistem basicamente em locais onde estes resíduos são misturados com terra e esterco, misturados constantemente e submetidos à ação de fungos e bactérias, para serem transformados em adubo orgânico, também chamado de húmus, material muito rico em nutrientes.

Existe uma diferença entre destino final e tratamento de resíduos. O tratamento é prévio ao destino final, sendo que para cada tipo de resíduo existe um tratamento e um destino final específico.

No caso dos resíduos comuns, geralmente não há tratamento antes de seu destino final e os resíduos vão das fontes geradoras até os aterros sanitários.

A triagem e a reciclagem são tipos de tratamento para alguns tipos de resíduos, bem como a compostagem, a pirólise, a incineração etc. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com matéria prima reciclada. Ambos os processos geram rejeitos então a outra parte dos resíduos é encaminhada para aterros sanitários.

A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e esta vai para os aterros sanitários. O lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas (dependendo do teor de contaminação dos resíduos resultantes).

Resíduos tóxicos passam por tratamento prévio, como blendagem e encapsulamento, e são encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.

Esta breve explicação mostra como é complicado lidar com lixo e, portanto, como é importante o seu papel no cuidado com o lixo. Contribuir com o Princípio dos Três Erres (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) é uma maneira ao seu alcance para minimizar diversos problemas ambientais, melhorando a sua própria qualidade de vida e garantindo um futuro ideal para seus filhos sobreviverem.
Fonte: http://www.pucpr.br/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Classificação dos Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade conforme abaixo:

De acordo com a ORIGEM:

- “Resíduo Hospitalar ou de Serviços de Saúde”: qualquer resto proveniente de hospitais e serviços de saúde como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, etc.. Geralmente é constituído de seringas, agulhas, curativos e outros materiais que podem apresentar algum tipo de contaminação por agentes patogênicos (causadores de doenças);
- “Resíduo Domiciliar”: são aqueles gerados nas residências e sua composição é bastante variável sendo influenciada por fatores como localização geográfica e renda familiar. Porém, nesse tipo de resíduo podem ser encontrados restos de alimentos, resíduos sanitários (papel higiênico, por exemplo), papel, plástico, vidro, etc. Atenção: alguns produtos que utilizamos e descartamos em casa são considerados perigosos e devem ter uma destinação diferente dos demais, preferencialmente para locais destinados a resíduos perigosos. Por exemplo: pilhas e baterias, cloro, água sanitária, desentupidor de pia, limpadores de vidro, fogão e removedor de manchas, aerossóis, medicamentos vencidos, querosene, solventes, etc.
- “Resíduo Agrícola”: são aqueles gerados pelas atividades agropecuárias (cultivos, criações de animais, beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser compostos por embalagens de defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc..
- “Resíduo Comercial”: são aqueles produzidos pelo comércio em geral. A maior parte é constituída por materiais recicláveis como papel e papelão, principalmente de embalagens, e plásticos, mas também podem conter restos sanitários e orgânicos.
- “Resíduo Industrial”: são originados dos processos industriais. Possuem composição bastante diversificada e uma grande quantidade desses rejeitos é considerada perigosa. Podem ser constituídos por escórias (impurezas resultantes da fundição do ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc.
- “Entulho”: resultante da construção civil e reformas. Quase 100% destes resíduos podem ser reaproveitados embora isso não ocorra na maioria das situações por falta de informação. Os entulhos são compostos por: restos de demolição (madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações diversas.
- “Resíduo Público ou de Varrição“: é aquele recolhido nas vias públicas, galerias, áreas de realização de feiras e outros locais públicos. Sua composição é muito variada dependendo do local e da situação onde é recolhido, mas podem conter: folhas de árvores, galhos e grama, animais mortos, papel, plástico, restos de alimentos, etc..
- “Resíduos Sólidos Urbanos”: é o nome usado para denominar o conjunto de todos os tipos de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal (domiciliar, de varrição, comercial e, em alguns casos, entulhos).
- “Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários”: o lixo coletado nesses locais é tratado como “resíduo séptico”, pois pode conter agentes causadores de doenças trazidas de outros países. Os resíduos que não apresentam esse risco de contaminação, podem ser tratados como lixo domiciliar.
- “Resíduo de Mineração”:  podem ser constituídos de solo removido, metais pesados, restos e lascas de pedras, etc.

De acordo com o TIPO:

- “Resíduo Reciclável”: papel, plástico, metal, alumínio, vidro, etc.

- “Resíduo Não Reciclável” ou “Rejeito”: resíduos que não são recicláveis, ou resíduos recicláveis contaminados;


De acordo com a COMPOSICÃO QUÍMICA:

- Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. Muita gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”.
“Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma internacional para seu controle denominada “Convenção de Estocolmo”.
“Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos).
- Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.

De acordo com a PERICULOSIDADE:

Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004:2004 da seguinte forma:
- Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação.

- Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos:
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água.
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma NBR10004:2004.

Caracterização
A caracterização dos Resíduos Sólidos consiste em determinar suas principais características físicas e/ou químicas, qualitativa e/ou quantitativamente dependendo da abrangência e aplicação do resultado que se quer obter. A caracterização deve ser feita por profissional especializado e, dependendo da complexidade, em laboratórios de análises, para que sejam feitos testes específicos.
Para que os resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se conhecer sua origem, seus constituintes e características. Durante a caracterização, que é feita seguindo padrões específicos de amostragem e testes, são determinados por exemplo, se um resíduo é inflamável, corrosivo, combustível, tóxico e etc. Também são estudadas suas características físicas (granulometria, peso, volume, resistência mecânica, etc.) e químicas (reatividade, composição, solubilidade e etc.).
Algumas normas utilizadas nesse procedimento são:
ABNT NBR10004/2007 – Resíduos Sólidos – Classificação
ABNT NBR10005:2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos
ABNT NBR10006:2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos
ABNT NBR10007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos
ABNT NBR12808:1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
ABNT NBR14598:2000 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor pelo aparelho de vaso fechado Pensky-Martens
USEPA – SW846 – Test methods for evaluating solid waste – Physical/chemical methods

Responsabilidade
A responsabilidade pela coleta e destinação do lixo gerado pode variar de Estado para Estado e de município para município de acordo com a legislação local, mas geralmente se distribui da seguinte forma:

Municípios: são responsáveis pela coleta e destinação dos resíduos domiciliares, comerciais e públicos;
Gerador: os resíduos de serviços de saúde, industrial, de portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários, agrícolas e entulhos, são de responsabilidade de quem os gerou.


Formas de tratamento de resíduos sólidos

Um dos maiores problemas do Poder Público, principalmente municipal, é justamente a coleta, o tratamento e a destinação a ser dar ao lixo.
Há várias formas de destinação do lixo, sendo as principais as seguintes:

LIXÕES: Infelizmente em nosso país, uma das formas mais utilizadas na destinação dos resíduos sólidos é o depósito a céu aberto, ou os chamados lixões. Apesar da proibição legal (Dec. Estadual nº 52.497, de 21/70). Nestes locais os resíduos sólidos são jogados sem qualquer tipo de tratamento, provocando grandes danos ambientais.
Principais danos causados pelos lixões:
- mau cheiro;
- poluição dos cursos d’água;
- poluição das águas subterrâneas;
- transmissão de doenças;
- desvalorização dos imóveis vizinhos;
- acúmulo de animais daninhos como ratos.

ATERROS SANITÁRIOS: Nos aterros os resíduos são depositados em camadas compactadas e cobertas com argila ao término de cada dia de trabalho para evitar mau odor e insetos. Neste sistema os gases oriundos da decomposição da matéria orgânica são coletados e queimados. O chorume (líquido que resta) é drenado e removido para tratamento adequado.

INCINERAÇÃO: os resíduos sólidos são queimados em usinas de incineração, onde passa pelo setor de recepção e pesagem, após são colocados em câmaras de combustão.
A incineração em céu aberto é proibido no Estado de São Paulo (Dec. Estadual nº 52.497, de 21/70).
Vantagens deste processo: redução do volume do lixo para 25%; neutraliza a ação das bactérias aproveitamento da energia calórica da combustão.

COMPOSTAGEM: os resíduos sólidos passam por uma seleção normalmente manual nas chamadas usinas de compostagem, separando-os em materiais orgânicos, recicláveis e os não aproveitáveis.
A grande vantagem deste sistema é a possibilidade do aproveitamento econômico de parte do lixo, comercializando os produtos recicláveis encontrado com empresas interessadas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Resíduos Sólidos - As vezes visto como LIXO

Os resíduos sólidos são partes de resíduos que são gerados após a produção, utilização ou transformação de bens de consumos e são originários, principalmente, de residências, escolas, indústrias e construção civil.

Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio ambiente e merecem um sistema de coleta e reciclagem rigorosos. Podemos citar como exemplos, as pilhas e baterias de celulares que são formadas por compostos químicos com alta capacidade de poluição e toxidades para o solo e água.


Entretanto, muitos resíduos sólidos são compostos de materiais recicláveis e podem retornar a cadeia de produção, gerando renda para trabalhadores, lucro para empresas pelo fato de ao invés de serem algo descartável, tornarem-se matéria prima e até mesmo energia. Para que isto ocorra, é necessário que haja nas cidades um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo. Cidades que não praticam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduo sólido em aterros sanitários, acabam poluindo o meio ambiente devido ao processo lento de decomposição da maioria dos mesmos.
Além do benefício de gerar renda para quem trabalha coletando para reciclagem, e lucro para as empresas que podem utilizar como matéria prima ou energia, a reciclagem do lixo traz o benefício maior para o meio ambiente, porque alguns desses resíduos levam anos para se decompor. Mostamos isso na figura abaixo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fusão Nuclear



Os fenômenos envolvidos na fusão nuclear constituem o fundamento das reações termonucleares que ocorrem no interior das estrelas.

Fusão nuclear é a união dos prótons e nêutrons de dois átomos para formar um único núcleo atômico, de peso superior àqueles que lhe deram origem. Nesse processo, é liberada uma quantidade de energia equivalente à diferença entre a energia de ligação do novo átomo e a soma das energias dos átomos iniciais. São as reações de fusão nuclear que fornecem a energia irradiada pelo Sol, pela fusão de quatro átomos de hidrogênio para formar um átomo de hélio. Dados espectroscópicos indicam que esse astro é constituído de 73% de átomos de hidrogênio e 26% de átomos de hélio, sendo o restante fornecido pela contribuição de vários elementos.

Para que ocorra o processo de fusão, é necessário superar a força de repulsão elétrica entre os dois núcleos, que cresce na razão direta da distância entre eles. Como isso só se consegue mediante  temperaturas extremamente elevadas, essas reações também se denominam reações termonucleares. Durante muito tempo, a única reação de fusão nuclear realizada na Terra era a utilizada na bomba de hidrogênio, em que a explosão atômica fornece a temperatura necessária (cerca de quarenta milhões de graus Celsius) para que a fusão tenha início.

A fusão nuclear controlada proporcionaria uma fonte de energia alternativa relativamente barata para a produção de eletricidade e contribuiria para  poupar as reservas de combustíveis fósseis como o petróleo, o gás natural e o carvão, que decrescem rapidamente. As reações controladas podem ser obtidas com o aquecimento de plasma (gás rarefeito com elétrons e íons positivos livres), mas se torna difícil conter os plasmas nos altos níveis de temperatura requeridos para as reações de fusão auto-sustentadas, pois os gases aquecidos tendem a expandir-se e escapar da estrutura circundante.  Experiências com reator de fusão já foram empreendidas em vários países.
A fusão nuclear é um tipo de reação que produz imensas quantidades de energia. Ela ocorre naturalmente no interior do Sol, gerando a energia térmica que necessitamos para sobreviver na Terra. A temperaturas de 14.000.000 ºC (quatorze milhões de graus Celsius), os núcleos de dois átomos de hidrogênio se fundem ou unem. No processo, um pouco de massa é perdida e convertida em energia.

No sol, onde a fusão nuclear ocorre naturalmente, os núcleos de tipos de gás hidrogênio se fundem formando o gás hélio e mais uma partícula atômica chamada nêutron. Nesse processo se perde uma pequena quantidade de massa que se converte em enorme quantidade de energia. As temperaturas extremamente altas que existem no Sol, fazem com que este processo se repita continuamente.





 
Reatores de Fusão Nuclear

Para alcançar as temperaturas necessárias para a fusão nuclear, os átomos de hidrogênio são aquecidos em um reator de fusão. Os núcleos dos átomos são separados dos elétrons (partículas com carga elétrica negativa) e se forma um tipo especial de matéria chamado plasma. Para que os núcleos separados de hidrogênio possam se fundir, o plasma deve ser conservado a temperatura de aproximadamente 14.000.000 ºC (quatorze milhões de graus Celsius).

O campo eletromagnético dentro do reator, mantém as altas temperaturas necessárias para a fusão nuclear. Ainda estão sendo feitas pesquisas para fundir núcleos de hidrogênio em larga escala, nos experimentos de fusão da Joint European Torus, na Inglaterra.

terça-feira, 29 de março de 2011

Reator Nuclear

Reatores de fissão

Existem vários tipos de reatores, reatores de água leve (ingl. Light Water reactor ou LWR), reatores de água pesada (ingl. Heavy Water Reactor ou HWR), reator de rápido enriquecimento ou "reatores incubadores" (ingl. Breeder reactor) e outros, dependendo da substância moderador usada. Um reator de rápido enriquecimento gera mais material físsil (combustível) do que consome. A primeira reação em cadeia foi realizada num reator de grafite. O reator que levou o acidente nuclear de Chernobyl também era de grafite. A maioria dos reatores em uso para geração de energia elétrica no mundo são do tipo água leve. A nova geração de usinas nucleares, denominada G3+, incorpora conceitos de segurança passiva, pelos quais todos os sistemas de segurança da usina são passivos, o que as tornam intrinsecamente seguras. Como reatores da próxima geração (G4) são considerados reatores de sal fundido ou MSR (ingl. molten salt reactor). Ainda em projeto conceitual, será baseada no conceito de um reator de rápido enriquecimento.

Reatores de fusão

O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase experimental, existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e econômica.
O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até obter-se o estado plasmático. Nesse estado, os átomos de hidrogênio se desagregam permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil.
A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de suportar as elevadas temperaturas a ele associadas. Um meio é a utilização do confinamento magnético.
Os cientistas do projeto Iter, do qual participam o Japão e a União Européia, pretendem construir uma central experimental de fusão para comprovar a viabilidade econômica do processo como meio de obtenção de energia.

Tecnologia mais segura
A Eletronuclear afirma que a tecnologia adotada no Brasil é considerada mais segura que o modelo usado no Norte do Japão - ao menos no que diz respeito à capacidade de resfriamento do reator. Criada em 1997, a Eletronuclear é uma empresa subsidiária da Eletrobras e responsável pela construção e operação de usinas termonucleares do País.
Em Angra 1 e 2 o vapor em contato com o combustível radioativo é separado dos circuitos de geração de vapor e resfriamento, o que não acontece com as usinas do tipo BWR (Boiling Water Reactor), tecnologia adotada no Japão. A separação de material atômico do restante da usina permite a continuidade de resfriamento, ao menos por algum tempo, mesmo com a interrupção de energia.
“Há cerca de 440 usinas nucleares no mundo, sendo 65% iguais a do Brasil e 25% como as que estavam na área afetada do Japão. Isso mostra que a indústria tem preferência pela PWR, o mesmo modelo de Angra 1 e 2”, avalia Leonan Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear.
Nas centrais de Angra, há um prédio que abriga o reator nuclear. É onde o urânio enriquecido sofre a fissão atômica, gerando calor e esquentando a água que fica neste mesmo sistema. A água quente percorre uma tubulação que passa por dentro de outro circuito, separado, também cheio de água, que acaba virando vapor. O vapor é então canalizado para mover as turbinas da usina e gerar energia, já em outro prédio. O modelo brasileiro, do tipo PWR (Pressurized Water Reactor), é mais complexo e mais caro.
No caso do modelo BWP, adotado pelas centrais de Fukushima, o vapor é o mesmo que movimenta diretamente as turbinas. Mais compacta, a tecnologia foi desenvolvida no final da década de 60, enquanto o modelo adotado pelo Brasil é dos anos 70. Guimarães explica que o gerador de vapor do modelo adotado no Brasil tem quantidade significativa de água que permitiria continuar o resfriamento sem a necessidade de bombas acionadas por energia elétrica.
“Como no BWR não existe o gerador de vapor, o resfriamento foi interrompido imediatamente. Por isso a PWR tem algumas vantagens sobre o outro modelo”, afirmou Guimarães, lembrando que metade das usinas nucleares japonesas adotam a mesma tecnologia experimentada no Brasil.
Apesar das dificuldades para resfriar reatores e impedir um desastre nuclear maior, o fato de as usinas japonesas terem permanecido de pé em uma área onde praticamente tudo foi destruído chama a atenção de especialistas. “Até onde eu sei, essas usinas estão atuando de forma brilhante”, avalia o coordenador de segurança e comunicação da Eletronuclear, José Manuel Dias.
“O que aconteceu foi uma sequência de eventos improváveis e mesmo assim as centrais estão de pé, com muitas dificuldades, mas tomando ações previstas no próprio projeto para tentar evitar que a usina libere parte do núcleo (com material radioativo) para o meio ambiente”, acrescentou o especialista, que trabalhou 10 anos na Agência Internacional de Energia.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Reconstruindo o Meio Ambiente com Amor

As florestas naturais, embora renováveis, têm uma capacidade limitada de satisfação das necessidades humanas e, se superexploradas, podem ser levadas a um ponto de degradação irreversível. Em várias regiões essa situação já ocorreu, ocasionando inclusive bolsões de desertificação, em outras, a situação é gravíssima.

“Há hoje uma flagrante disparidade entre o desenvolvimento do poder intelectual, o conhecimento científico e a qualidade tecnológica, por um lado, e a sabedoria, a espiritualidade e a ética, por outro” (Rebouças, 1989). Isto mostra que a sociedade vem ignorando, até mesmo menosprezando, as relações ecológicas diárias entre ela e a natureza, dando margem ao surgimento de uma catástrofe ambiental que poderá explodir num futuro não muito distante.

Para atingir o desenvolvimento sustentável, há necessidade de que a educação e a cidadania sejam os principais caminhos a serem seguidos pela sociedade. Refletir e agir holisticamente passam a ser pontos cruciais para a nossa espécie. Para tanto, o ensino, a ciência e a tecnologia não podem se desvincular dos aspectos ambientais e sociais. É preciso resgatar o ser humano como parte essencial da natureza. A cada dia, crianças em idades cada vez mais tenras se desvinculamda natureza em função da urbanização acelerada devido às transformações na forma de produção e dos mecanismos de atração das grandes cidades e metrópoles.

As ferramentas e estratégias de educação ambiental passam a ter extrema importância para o resgate deste vínculo. Geralmente, o educador ambiental defende isoladamente o elemento natural com o qual trabalha (água, solo, ar, flora, fauna e ser humano), esquecendo-se não só de inserir-se como parte integrante do meio ambiente, como também de fazer as interrelações entre estes elementos.

O conhecimento tem sido repassado sem considerar a essência humana. Encarar o ser humano, unicamente, como predador, culpando-o pela degradação ambiental, não abre portas para uma mudança de comportamento. É preciso alcançá-lo em sua plenitude, transformando-o em um reconstrutor da natureza, transmitindo e relacionando os conteúdos ambientais às necessidades e aspirações dos seres humanos.

As informações técnicas aplicadas de forma isolada, desconectadas da realidade, desestimulam as pessoas a aplicarem o que aprenderam, o que não ocorre quando essas informações são associadas às suas emoções.

Até agora estivemos andando na contramão, procurando salvar a natureza através do homem, esquecendo que só conseguiremos isto resgatando o homem através da natureza. O ensino que causa impacto é o que passa de um coração para o outro. Isto engloba a totalidade do ser, intelecto, emoção e vontade. Desta forma, é preciso atuar na educação ambiental com praticidade, simplicidade, naturalidade e, sobretudo, com amor.

- Texto retirado do site www.ambientebrasil.com.br